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Jovem morre após complicações no parto e família denuncia negligência e demora em transferência médica

Vitória Hipólito, de 24 anos, faleceu após complicações graves no parto de sua primeira filha. A família denuncia falhas no atendimento e demora crítica na transferência para uma unidade com suporte de UTI.

A jovem Vitória Hipólito, de 24 anos, faleceu no último domingo (25) após complicações graves durante o parto de sua primeira filha, Ághata. A família da jovem denuncia negligência médica e demora crítica na transferência hospitalar, que pode ter contribuído para o desfecho trágico.

Segundo familiares, a gestação de Vitória transcorreu de forma tranquila e sem intercorrências. Na madrugada de sábado (24), por volta de meia-noite, a bolsa rompeu e ela foi encaminhada ao Hospital Regional de Planaltina (HRP) para dar à luz por parto normal. No entanto, a jovem não apresentou dilatação suficiente e permaneceu por mais de 17 horas em trabalho de parto, até que os médicos decidiram realizar uma indução.

Após várias horas de tentativa de indução sem sucesso, a equipe médica finalmente optou pela cesariana, procedimento pelo qual a bebê Ághata nasceu. Contudo, logo após o parto, Vitória apresentou hemorragia intensa e precisou retornar ao centro cirúrgico, onde foi submetida a uma histerectomia (retirada do útero) para tentar conter o sangramento.

Mesmo com a cirurgia, o quadro de Vitória continuou a se agravar. A jovem sofreu múltiplas hemorragias internas não identificadas e teve quatro paradas cardíacas. Diante da gravidade, os médicos indicaram a necessidade de transferência urgente para o Hospital Regional de Santa Maria, que possui UTI com mais recursos.

Demora na transferência e denúncia da família

A família relata que a solicitação para a transferência via SUS foi feita por volta das 2h30 de sábado, mas a ambulância só chegou ao hospital de Planaltina às 16h do domingo quase 14 horas depois. Além disso, o transporte aéreo chegou a ser solicitado, mas foi negado. Quando a ambulância finalmente chegou, Vitória encontrava-se instável e não pôde ser removida. Após nova estabilização, outra solicitação foi feita, mas a ambulância só retornou às 23h, quando, mais uma vez, o quadro clínico da jovem a impediu de ser transportada.

Segundo os familiares, Vitória permaneceu estável por boa parte do dia, e isso será comprovado por laudos médicos que estão sendo solicitados. O irmão de Vitória também gravou um vídeo relatando todos os detalhes da situação vivida pela família, reforçando as denúncias sobre a negligência no atendimento e a demora no transporte.

Segue o vídeo:

Diante da falta de soluções e com a vida de Vitória em risco a cada minuto, a família decidiu contratar uma ambulância particular no valor de R$ 4.500. O transporte particular chegou em apenas 30 minutos e conseguiu realizar a transferência até o Hospital de Santa Maria sem intercorrências.

No entanto, o quadro clínico de Vitória já era extremamente grave. Ela permaneceu internada por cerca de 8 horas e infelizmente não resistiu.

Pedido por justiça

A morte de Vitória gerou profunda comoção entre familiares e amigos. Ela era formada no ensino superior, trabalhava desde jovem para ajudar a família, e era descrita como carinhosa, dedicada e muito querida por todos. Deixa uma filha recém-nascida, a pequena Ághata.

A família agora busca respostas e responsabilização. “Estamos em busca de todas as informações do caso para que nada fique impune”, afirmou um parente. O caso já está sendo acompanhado por advogados e será encaminhado às autoridades competentes para investigação.