Pelo segundo dia consecutivo, o Jardim Zoológico de Brasília permanece fechado ao público após a morte de duas aves um irerê e um pombo, levantando suspeitas de possíveis casos de gripe aviária. A entrada está liberada apenas para funcionários, que foram orientados a utilizar máscaras e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além da adoção de medidas sanitárias rigorosas.
Na entrada do local, a sanitização das rodas dos veículos passou a ser obrigatória. Um funcionário usando macacão branco de proteção é o responsável pela desinfecção. A reportagem registrou a aplicação de produtos químicos nos pneus de carros da equipe de segurança e de um automóvel com a logo do Governo do Distrito Federal (GDF).
Segundo um funcionário do zoo, desde a quarta-feira (29/5), quando o fechamento foi determinado, as equipes receberam instruções para usar proteção facial em tempo integral.
Turistas pegos de surpresa
Apesar do anúncio nas redes e portais, muitos visitantes foram surpreendidos. O portal Metrópoles acompanhou a chegada de quatro carros com turistas, que foram informados por vigilantes mantendo distanciamento e uso de máscara que o acesso estava suspenso.
Entre os visitantes frustrados estavam Lucy Apaza, 24 anos, e Mari Huaricallo, 22, estudantes peruanas que vieram a Brasília para participar do Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (Cbesa). Elas esperavam visitar o zoológico após o evento.
“Até lemos notícias sobre a gripe aviária, mas não sabíamos que ele estava fechado. Queríamos ver os elefantes, rinocerontes, mas agora vamos fazer outros planos”, comentou Mari.
Outro visitante, Natan Camargo, 30 anos, saiu de Alvorada do Norte (GO) com a esposa e dois filhos especialmente para conhecer o local.
“Tínhamos ido a Goiânia e aproveitamos para vir aqui [ao zoo]. Mas, como está fechado, voltaremos para casa”, lamentou.
O fechamento também surpreendeu moradores do Acre, que preferiram não comentar o ocorrido.
Investigação em andamento
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Brasil monitora 11 casos suspeitos de gripe aviária. No caso do Zoológico de Brasília, a Secretaria de Agricultura do DF (Seagri) acompanha a situação, mas ainda não há confirmação oficial da doença nem previsão para a reabertura do local.
As duas aves mortas o pombo no fim de semana e o irerê na quarta-feira (29/5) eram de vida livre, ou seja, não pertenciam ao acervo fixo do zoológico. A investigação segue em curso, com atenção redobrada para evitar qualquer possível disseminação do vírus na capital.
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