Em defesa do bairro, comunidade se mobiliza contra propostas que ameaçam o meio ambiente e a qualidade de vida
O projeto para a construção de novas pontes no Lago Norte tem gerado forte resistência entre moradores da região. Alegando que a obra trará impactos irreversíveis ao meio ambiente e à dinâmica urbana local, a comunidade se uniu em um abaixo-assinado para dizer não à proposta.
De acordo com os residentes da península, o Lago Norte foi escolhido como espaço de moradia exatamente por suas características únicas: tranquilidade, contato com a natureza e preservação ambiental. A construção de novas vias, alertam, resultará em aumento do trânsito, poluição, degradação da flora e fauna e, ainda, abrirá caminho para a regularização de áreas griladas — um verdadeiro presente para a especulação imobiliária, às custas da destruição de inúmeras nascentes da região.
Os moradores também criticam o alto custo de obras como túneis e pontes, que consumiriam recursos públicos em benefício de poucos, enquanto a maioria da população do Distrito Federal — que vive em regiões menos favorecidas — carece de investimentos urgentes em transporte público de qualidade. “Tuneis são infinitamente mais caros. Defender gastar o dinheiro de todos os brasilienses para diminuir o desconforto dos moradores do Lago Norte é muito errado”, afirmam representantes do movimento.
A insatisfação também se estende à forma como as soluções têm sido propostas. A comunidade clama por alternativas mais inteligentes e sustentáveis, como a melhoria das vias periféricas e a realização de estudos para projetos menos invasivos, como viadutos, que poderiam ajudar a escoar o trânsito sem comprometer o ecossistema local.
“Será justo destruir um bairro inteiro para repetir erros já cometidos em outras localidades?”, questionam os moradores. “Precisamos preservar o que ainda é possível.”
O abaixo-assinado ressalta que, apesar do discurso de inclusão social utilizado para defender a nova ponte, o projeto, na prática, apenas favorece a expansão imobiliária e a especulação, ferindo princípios de justiça socioambiental e planejamento urbano sustentável.
A mobilização é um apelo claro: o bairro pertence àqueles que cuidam dele. A preservação do Lago Norte é vista não apenas como uma defesa do espaço local, mas como uma responsabilidade de todos que valorizam o equilíbrio ambiental no Distrito Federal.
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