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Economia terá menos estímulos fiscais a partir do 2º semestre, dizem analistas do Santander

São Paulo, 04 – Os estímulos fiscais deram sustentação ao crescimento econômico superior às expectativas, mas devem começar a ser revertidos, segundo economistas do Santander. Estimativas feitas pelo banco com base em diferentes metodologias apontam a um aperto fiscal de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo semestre deste ano, anulando em parte o forte impulso, da ordem de 2% do PIB, medido na primeira metade de 2024.

A previsão parte da premissa de que o governo vai apertar o cinto para não estourar o limite de gastos do arcabouço fiscal, que permite um aumento das despesas de, no máximo, 2,5% acima da inflação.

Em razão da menor contribuição dos estímulos fiscais, a tendência é de desaceleração econômica à frente, porém o banco observa que o aumento do salário mínimo, a expansão da renda e o mercado de trabalho aquecido, com o último dado de desemprego na mínima histórica, seguirão alimentando o consumo.

Segundo os economistas Ítalo Franca e Ana Júlia Carvalho, que assinam o relatório com estimativas sobre impulso fiscal, será importante observar, nos próximos resultados do PIB, se a economia mostrará resiliência à diminuição dos estímulos fiscais

O impulso é um indicador que mostra se um país está usando a alavanca fiscal para esfriar ou aquecer a economia. Quando um país reduz ou reverte um déficit nas contas públicas, ele está fazendo um esforço ou aperto fiscal. Do contrário, quando faz o inverso – amplia o buraco nas contas públicas, ou transforma um superávit em déficit -, está dando um impulso fiscal.

Nas contas dos economistas do Santander, o maior impulso fiscal da década aconteceu em 2020, em meio ao enfrentamento da pandemia, quando o indicador chegou a 7,2% do PIB. No ano seguinte, com a retirada de programas emergenciais, houve uma contração fiscal de 8,5% do PIB.

Após ficar perto da neutralidade em 2022, a economia brasileira voltou a receber impulso fiscal, de 1,4% do PIB, em 2023, na esteira do reforço do Bolsa Família e de adoção de uma nova política de valorização do salário mínimo no primeiro ano do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para 2024, com a desaceleração dos estímulos no segundo semestre, a previsão do Santander é de o impulso cair para 0,4% – ou seja, menos do que o nível do ano passado, mas ainda no terreno do expansionismo fiscal. Para os economistas do Santander, a percepção de risco fiscal no mercado vai pressionar o governo a conter a escalada das despesas. Assim, para 2025, a expectativa é de que o indicador passe para o campo contracionista: -1%.

Estadão Conteúdo

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